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Alunos Erasmus Brasileiros na SUÃO para falar sobre o seu país

Um conjunto de estudantes brasileiros que estão na Universidade de Évora ao abrigo de programas de mobilidade internacional, levam a cabo uma tertúlia sobre o seu país, a 15 de Novembro, na SUÃO – Escola Comunitária de São Miguel de Machede.

A ação está a ser organizada por duas estudantes da área da educação, Giovana Darbello Ruffi e Gleice dos Santos que convidaram outros concidadãos, Maria Carolina Medeiros, de Educação Básica, Virgínia Comazzetto, de Línguas e literatura, Estefania Marques, de Enfermagem e João Oliveira, aluno do doutoramento em Ciências da Educação, para falar sobre outros temas da sociedade e cultura brasileira

 

Giovana Darbello é uma das organizadoras. Natural de Campinas, estado de São Paulo, a aluna da Universidade Estadual de Campinas fez uma antevisão daquilo que vai acontecer e falou-nos um pouco sobre a educação brasileira, referindo que “ a educação infantil e média, é bastante precária. Paradoxalmente, as universidades públicas brasileiras são as melhores da América Latina. No Brasil, quem tem um mínimo de condições económicas faz um esforço enorme para colocar os seus filhos a estudar em colégios privados. Dificilmente alguém que fez todo o percurso no ensino público chega a uma universidade. É um sistema de educação injusto. É um autêntico funil”, contou.

 

“O preconceito étnico no Brasil existe e é muito forte. O Brasil tem muitas desigualdades. Muitas destas desigualdades têm a sua génese nas desigualdades ao nível da educação. Por exemplo, o governor atual do Estado de São Paulo tem um programa político definido para encerrar escolas e abrir prisões, quando sabemos que os problemas de insegurança e marginalidade nascem da falta de acesso a uma educação pública de qualidade por alguns nichos da sociedade brasileira”, continuou a aluna de Ciências da Educação.

 

Esta ação está enquadrada no projeto «Janelas Curriculares de Educação Popular no Ensino Superior Universitário», é promovido pela Universidade Popular Túlio Espanca e financiado pela Fundação Calouste Gulbenkian, no âmbito do Programa Gulbenkian Qualificação das Novas Gerações/Projetos de Desenvolvimento do Ensino Superior. O projeto é coordenado pelos Profs. Bravo Nico e Lurdes Pratas Nico, conta com dois Bolseiros de Investigação (Mestres Antónia Tobias e João Barnabé) e tem a parceria formal da Escola Comunitária de São Miguel de Machede/SUÃO-Associação de Desenvolvimento Comunitário e do grupo de comunicação social Diário do SUL.

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publicada a: 2015/11/09
 

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